segunda-feira, 29 de setembro de 2008

QUE SONHOS?


Que sonhos? ... Eu não sei se sonhei ...
Que naus partiram, para onde?
Tive essa impressão sem nexo porque no quadro fronteira

Naus partem — naus não, barcos, mas as naus estão em mim,
E é sempre melhor o impreciso que embala do que o certo que basta,
Porque o que basta acaba onde basta, e onde acaba não basta,
E nada que se pareça com isto devia ser o sentido da vida...

Álvaro de Campos
Poeta Português
*1890 +1935

Fragmento do poema "A Casa Branca Nau preta".

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