segunda-feira, 6 de abril de 2009

VIVER INTENSAMENTE É:


Corrida de Orientação é um esporte que não chega a ser nenhum "À Prova de Tudo" (Discovery Channel), que tem como protagonista o Bear Grylls, ex Força Aérea Especial britânica, mas tem seus momentos de maus bocados (chuva, lama, travessia de riachos, tropeções, fadiga, calor, etc.)
No domingo que passou (05/04) tivemos a primeira Etapa do Circuito de Orientação do DF (CODF), que ocorreu na Fazenda Taboquinha, local de terreno movimentado, vastos campos e cortada por muitos cursos d'agua.
Para ser melhor, o percurso que participei tinha 6.800 metros, em linha reta, ou seja sem contar os desvios, as voltas e o praticamente impossível de não acontecer, as perdidas; que tinha 25 pontos de controle e desnível de 180 metros.
Por várias vezes tive que atravessar riachos com água na cintura com todo o cuidado para não danificar o mapa, perder a bússola e muito menos cair, pois ai as conseguências seríam imprevisíveis; subir e descer os escorregadios barrancos, que tinham alguns metros de altura.
Com tênis encharcado e com lama, sentia a aréia dentro dele, o que me trouxe a preocupação com as bolhas que poderíam sobrevir e com isso prejudicar a conclusão da prova. O que acabou ocorrendo apenas no dedão do pé esquerdo. No entanto, sem maiores conseguências para a participação na corrida.
Para não ficar por menos, com algum tempo na pista, uma chuva começou a cair, o que foi uma delícia (para mim) e não para o mapa. O mapa deu logo o sinal de que o cuidado com ele sería imprescindível, pois começou esfarelar as beiradas. Caso fosse destruída alguma parte importante, sería impossível terminar o percurso.
Essa chuva também não foi boa para os meus óculos. Como faço uso de óculos de grau para ler o mapa e a bússola, o mesmo embassou de tal modo que ficou comprometida a leitura do mapa. Isso fez com que meu rítmo de pista diminuisse bastante e, por conseguinte, aumentasse os erros na leitura da simbologia e do traçado, trazendo uma significante perda de tempo, na procura dos pontos de controle.
Esse ambiente chuvoso e de calor é tudo que qualquer pessoa deve evitar ao praticar uma atividade física, em razão de que compromete a transpiração, ou seja, a perda de calor do corpo. É através da transpiração que perdemos calor. Com a umidade em alta a perda de calor corporal fica prejudicada e com isso diminui o rendimento na atividade física. Desta forma, esse também também influenciou o meu rendimento e, com certeza, de todos os outros atletas dessa competição.
Para ser melhor ainda, me diverti demais; senti meu coração aceleradíssimo; muito suor correndo por todo o corpo; pude colocar (talvez) meu corpo no seu limite de resistência orgânica e psiquica, pois além do esforço físico em momento algum deixei-me desesperar ou pensei em desistir. Me mantive sereno e nem tanto concentrado, pois estava ali para viver algo que gosto muito de fazer. Na pista de orientação em meio ao ambiente natural, me realizo como ser humano
. E por isso a Corrida de Orientação é o esporte da minha vida, pois me faz viver intensamente.
Além de tudo isso, pude estar com muitas pessoas que lá estiveram para participar do mais completo e melhor esporte que existe.

"ORIENTAÇÃO: O ESPORTE DA NATUREZA"




Imagem: Fazenda Taboquinha, arquivo pessoal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário