quarta-feira, 29 de julho de 2009

UMA CORRIDA PARA NÃO ESQUECER



Cidades maravilhosas cheias de história e muito acolhedoras incrustadas em serras, muito verde e pessoas solícitas, são os mineiros.
Viajar para um local assim todo mundo merece. Principalmente para praticar esporte. O que é melhor ainda. Em se tratando de Corrida de Orientação, é melhor e melhor ainda.
O esporte é uma das melhores coisas para se fazer e é sempre muito bom. Traz benefícios de toda ordem: para saúde, para economia, para sociedade, até para política e outros.
A Corrida de Orientação é um desses esportes, que faz tudo isso. Nos poucos dias em que ocorre o seu Campeonato Brasileiro, gente de todo o Brasil se reune entorno dela. Bússolas, mapas, premiação, alimentação, transporte, alojamento, materiais esportivos, e outras coisas mais são diretamente imprescindíveis. Indiretamente, dezenas de outras pessoas trabalham para que o campeonato aconteça. Na cidade onde ocorre, movimenta o turismo, restaurantes, transporte e outros trabalhadores que apoiam o evento.
Em São João Del Rei, Tiradentes, Barroso e até Barbacena, cidades históricas do sul de minas, tiveram mais de 700 corredores, de crianças a idosos, de iniciantes aos de alta performance, todos inveterados incorrigíveis pela orientação, se acomodando como puderam em barracas, casa de amigos e parentes; alojamentos e hotéis com o intuíto de atingir o objetivo de participar da II Etapa do Campeonato Brasileiro de Orientação (CamBOr).
O CamBOr é um grande momento da Orientação, pois proporciona a interação e a integração entre as pessoas. É comum a circulação de convites para participação de campeonatos regionais e estaduais de muitos recantos do Brasil. É um bom momento de rever e fazer novos amigos, pois sempre tem gente nova nesse meio.
Porém, não pense que tudo são flores. Nem tudo é badalação. Participar de uma dessas etapas não é coisa fácil assim. Cada etapa do brasileiro tem sido mais bem organizada: boa equipe de arbitragem; bons mapas; boas áreas de competição e estrutura para os atletas. O uso de chips para marcação da passagem por pontos de controle e controle do tempo tem facilitado sobremaneira a apuração dos resultados. É bom dizer ainda, que cada uma delas tem sido bem exigente nos quesitos de condicionamento físico, capacidade técnica e psicológica dos atletas.
Desta forma, ninguém deve pensar que vai encontrar num brasileiro o caminho de chapeuzinho vermelho, que foi visitar a vovozinha. Nesta etapa, principamente, vivemos uma sensacional e intensa interação com a natureza. Cipó, espinho, cercas de arame, buracos pequenos e grandes, riachos e charcos, morros com subidas bem ingremes e decidas também, árvores, trilhas, são alguns dos elementos que os Orientistas encontraram nos seus percursos. Esta foi uma corrida para não esquecer.
Com certeza nenhum atleta de orientação sairía do conforto de suas casas enfrentando, no caso de Brasília, 28 horas de ônibus (ida e volta) e com as despesas de sua viagem só para fazer uma corrida ou passeio através campo. O praticante da orientação é, na verdade, é um amante incondicional do esporte. O Orientista é muito exigente. Ele quer e gosta de encontrar o desafio, o novo, o inusitado, o diferente. O que foi bem marcante nos percursos traçados nos morros de Barroso. O que atendeu bem a esse esportista.
Contudo, não se pode deixar de dizer o que chama bastante a atenção de um atleta da orientação é tudo isso e mais as perdidas. É sempre muito comum o comentário e a discussão, após a realização de sua prova, dos desacertos cometidos no seu percurso. Não tem chororô; o que foi feito foi feito. O cronômetro é cruel. Não tem mais nem menos. Ganha na orientação o atleta que combina um bom condicionamento físico, excelente capacidade técnica (aquele que se orienta muito bem) e que se mantém bem concentrado durante todo o percurso.
Ah! Domingo (02/09) tem etapa do Circuíto de Parques e estaremos lá!


"ORIENTAÇÃO: O ESPORTE DA NATUREZA"



Mosaico com imagens de arquivo pessoal.

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