quinta-feira, 10 de abril de 2008

FONE DE OUVIDO E O RENDIMENTO

Que os fones de ouvido é uma febre cultural isso ninguém tem dúvida, não é mesmo? É muito comum nas escolas, ônibus, ruas, parques, em hospitais, em fim, em todos os lugares mesmo. É uma opção prática de estar ouvindo suas músicas gravadas ou sua rádio favorita.
Porém, para surpresa dos corredores americanos, a USA Track & Field, federação de atletismo dos EUA, proibiu a partir do ano de 2007 o uso de fones de ouvido ou tocadores de música portáteis como iPods em suas corridas oficiais.
Segundo, a federação, a regra foi criada com o objetivo de garantir a segurança do evento e evitar que os corredores ganhem vantagem competitiva.
Mas será que essa vantagem realmente existe? Sobre esse tema é que pretendo discorrer nesse post.
Na largada da primeira etapa do CODF (Circuito de Orientação do DF), ocorrida em 30/03/08, conversava com um colega sobre a proibição que ocorrera nos EUA, pois o mesmo fazia uso de um MP3 Player. Dizia, ele, que já fazia algum tempo que usava o acessório em todas ocasiões possíveis do seu cotidiano, inclusive, durante a realização de sua atividade física, pois se sentia estimulado pelas músicas que ouvia e que percebia que melhorava sua performance.
Outro dia assisti o documentário Encontro Fatal - September Tapes, que reúne o conteúdo das 8 fitas encontradas numa caverna no Afeganistão, resultado do registro da caçada ao maior terrorista de todos os tempos, Osama Bin Laden, feita por um jornalista e um cinegrafista americanos e um intérprete afegão. Um filme surpreendente que mistura cenas verídicas e fictícias, criando um forte impacto emocional em seus espectadores (sinopse).
- Gente! Essa sinopse é verdadeira. Fiquei vários dias chocado com a obcecado jornalista.
Veja bem! O cara sai dos EUA vai para o Afenganistão chegando a fronteira com o Paquistão atrás do terrorista mais procurado do mundo.
Pois bem! o jornalista do documentário ficava o tempo todo com fones de ouvido o que aguçou a curiosidade de outra pessoa que então indaga ou escuta o que tanto ele ouvia naquele aparelho. Assim, revelou que escutava palavras de amor de sua esposa que estava em um dos aviões do 11 de setembro. Ou seja, a voz no fone de ouvido o emulava a procurar o algoz do seu ente amado. Fica bem claro no documentário que o jornalista acreditava que alguém tinha que pagar pela morte de sua amada, que nesse caso, Bin Laden.
Meu filho comprou um desses tocadores portáteis bem moderno e cheio de funcionalidades. Com isso acabei herdando o que ele usava. Carreguei a bateria do "bicho" e então coloquei algumas músicas que gosto.
Não deu outra! Me equipei com mais esse acessório e sai pela rua a correr escutando minhas músicas favoritas.
- Gente! Ao final da corrida, nem percebi quanto corri.
A corrida por natureza que lhe é propria me traz satisfação e muita vontade de fazer de novo e de novo. Com a música aos meus ouvidos me senti diferente, mais solto e sem preocupações com o desgaste físico, ou seja, me promoveu um ganho psicológico.
O MEU COMENTÁRIO: Penso que é interessante essa discussão, pois para o atleta de elite ainda não é tão presente o MP3 player como acessório ao seu treinamento ou de competição.
É regra de qualquer competição a proibição de ajuda externa no decorrer da prova. Mas será que isso pode configurar uma ajuda externa? Nos poucos casos narrados, nota-se que de alguma forma contribuiu para com seu usuário.
É preciso lembrar, que para os corredores comuns, de onde vem a maior chiadeira pela proibição do uso de fones de ouvido, a corrida é algo do tipo promendade (passeio) que tem a finalidade precípua de promover satisfação, prazer e que a performance pode ficar como segundas intenções.
Mas, na verdade, deixo a vocês meus colegas leitores análises acerca desse novo fenômeno que invade nossas vidas que, nos EUA, já virou polêmica.
Seja feliz e até breve......

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