Comecei cedo, pelas oito horas da manhã, para aproveitar o sol fresco e uma razoável umidade do ar. A essa hora era intensa a movimentação de carros e caminhões com alguns motoristas apressados e estressados pela rodovia. E vamos nós. Horizonte livre. Para frente lá ao longe tudo posso ver curva, descida, reta e subida.
Pelo acostamento, da dupla DF 001 numa toada perto de 10 km/h, vou despretencioso praticando minha natural corridinha. Ao lado, cerrado seco e de outro já queimado, exalando cheiro ruim.
Assim, foi por quase duas horas até chegar a minha casa. Desde o mês de abril tinha como meta refazer esse trajeto que gosto muito, pois ele tem um traçado que assemelha a um circulo; possui subidas, descidas e retas e que ao final deve somar menos um pouco de 25 km.
Era hoje. Quando sai para correr não tinha esta intenção. No decorrer do trajeto me sentindo em condições, me desafiei a fazê-lo. Não me surpreendi. Apenas decidi que queria correr, correr e correr. Não foi coragem, coragem. Apenas vontade de fazer o que a muito não fazia.
Por fim, não preciso de muitas razões para correr: fiquei feliz, simples assim.
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