quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O HINO NACIONAL E UMA HISTÓRIA QUE NÃO SE CONTA


Ecoou (22/09/09) em toda a mídia a notícia de que a partir de agora, em todas as escolas brasileiras de ensino de primeiro e segundo segmento do ensino fudamental, deverão dedicar um tempinho de sua pesada carga horária diária ao toque do Hino Nacional Brasileiro. É uma boa medida.
No entanto, precisamos ir além da notícia; em razão de que isso vem? Eu respondo: isso vem em decorrência de que a escola esta tão envolvida em tantos outros projetos e de causas mil (e sempre urgente) que às vezes acaba deixando de fazer uma parte do que sería o óbvio, ou seja cantar o Hino Nacional pelo menos uma vez por semana, não é mesmo?
A escola vem sendo confundida como a que deve ser a salvação de todos os males que afligem a sociedade. Assim, ela deixa o foco que é o desenvolvimento da aprendizagem (incluindo ai o civismo) para fazer tudo aquilo que o governo, a família, a igreja, as associações, a justiça, as empresas, os partidos políticos, a polícia, a psicologia, os ambientalistas, enfim o que não dão conta de fazer passam pra escola.
Mas isso tem uma razão de ser. Eles acreditam que é a partir da infância que os bons habitos e costumes são internalizados. De modo bem feito, bons adultos teremos. O que acredito também. Mas o que acontece é que ninguém quer fazer a sua parte e empurram para as escolas o quinhão de sua responsabilidade de também intervir no processo de formação dos individuos, no seu meio e não na escola, como vem ocorrendo.
O que todos querem é receber as pessoas bem educadas e com seus traumas familiares totalmente resolvidos; politicamente corretos; ambientalmente educados e por ai vai e sem, no entanto, dar condições ou automia para a escola fazê-lo.
Na verdade, se deixassem que as escolas desenvolvessem a sua rica e volumosa atribuição toda a sociedade já colheria bons frutos, pois a educação por si só permeia, se não todos os interesses e interessados, atende a grande maioria.
A educação possui, por característica que lhe é própria, uma diversidade de componentes curriculares (previstos em lei) e conteúdos que a torna abrangente o sufiente para isso.
Portanto, à escola é parceira e não lhe é preciso designar missões que muita das vez se sobrepõem ao que é realmente para fazer: educação escolar para o desenvolvimento de competências e habilidades para individuos autônomos, cidadãos livres, solidários, fraternos e críticos.
Que todos cantem o Hino Nacional, pelo menos uma vez por semana, nas empresas, nos governos, nos departamentos, nas sessões, nas polícias, nas prisões, nas igrejas, nas associações, pois nos Centro de Ensino Fundamental Santos Dumont já fazemos isso faz algum tempo, apesar dos pesares.
Todavia, aqueles que não souberem cantar o Hino Nacional, por favor, é pedido que pelo menos fiquem de pé.

Mosaico com imagens de arquivo pessoal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário