segunda-feira, 30 de novembro de 2009

QUE IMPRENSA É ESSA?

Não foi fácil para a imprensa conseguir sair dos ditames da ditatura para uma liberdade plena em todos os sentidos. Às vezes até se questiona se a imprensa não tem liberdade demais, pois acabam por invadir a privacidade de cidadões; utilizar métodos questionáveis na obtenção de informações; e não se dignar dar o direito de resposta aos afetados.
No decorrer dos anos, a imprensa passou a ter dono e patrão. Influenciada por esses, define sua agenda arrevelia do que é de interesse da população e, assim, consegue ser tendenciosa; rigorosa com alguns; fazer vista grossa com os seus mantenedores e amigos; e pregar a desinformação.

É verdade, que um jornal não vive sem assinantes e anunciantes. Os maiores assinantes e anunciantes são os governos. Editais, campanhas de vacinação, matrículas nas escolas públicas; divulgação de obras; só para citar algumas matérias que são pagas e podem ocupar páginas e mais páginas, inteiras até. Desse modo, não querem perder esse quinhão, mas a vergonha na cara e o interesse do público.

Atrelada ao dinheiro arrecadado por impostos, se vendem em detrimento de agir com independência, tornando-se a famosa e antiga imprensa chapa branca. E como tal, atacam toda a iniciativa que contraria aos interesses de alguns governos e a um seleto grupo de apadrianhados de várias estirpes, como empresários e políticos, principalmente quando se trata de desafetos, como: sindicatos, servidores públicos, grevistas, cidadãos e comunidades à beira de um ataque de nervos pela falta atendimento aos seus interesses e necessidades prementes.

Mas o pior de tudo isso, é que não se tem a quem reclamar. Por cima da carne seca, agem nos nebulosos bastidores e sem dó e nem piedade: achincalham, denigrem, mentem descaradamente, destorcem imagens, ameaçam, manipulam dados e informações e amenizam ou defendem até o que se imagina que é indefensável em favor do seu nefasto patrão.

Assim, os jornalistas que com muita luta, enfrentaram vários anos os bancos de uma instituição superior, se veem a mercê de uma linha editorial ditada e carimbada nos gabinetes do poder desvirtuando o dever de servir de maneira imparcial e impessoal em nome das facilidades e benesses, deixando o jornalismo verdadeiro de lado.

No entanto, de tudo isso não existe uma só certeza. A população não é burra e nada disso passa desapercebido e, por isso, não dura para sempre, pois para as verdades virem a todos não precisa de muita coisa. Peixe morre pela boca, como diz o velho ditado e que acaba de, mais uma vez, acontecer aqui em Brasília.

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